segunda-feira, 9 de junho de 2008

Um professor de lingua gestual para ciganos?

De acordo com uma notícia que li hoje no prestigiado "Público", haveria uma escola no nosso País onde se tinha destacado um professor de língua gestual para uma turma onde o único problema seria a existência de alunos ciganos. Se é que a existência de alunos ciganos pode ser considerado um problema... A meu ver não é. É apenas um sinónimo de diversidade étnica.
Bem, mas o que espanta na notícia é o facto de esse professor ter sido destacado para a escola porque haveria, supostamente, alunos com dificuldades naquela turma, alunos que precisariam de apoio especial. Então, que se poderia fazer? Arranjar um psicólogo? Não, para quê? Os alunos eram ciganos, logo precisavam era de aprender língua gestual, não fosse faltar-lhes as palavras quando se dirigissem ao seu professor habitual.
Esta situação foi denunciada por Valter Lemos, secretário de Estado da Educação, que falava sobre o facto de ser preciso adequar os meios às necessidades dos alunos. O membro do Governo dizia, também, que a partir de agora, todos os alunos com necessidades especiais de apoio terão direito a esse apoio. Bem, a avaliar pelo exemplo, esperemos que não ponham um professor de braile a ensinar surdos.